23 novembro 2011

Entrevista a SECRET ARMY!!!



  • Para começar contem-nos como decidiram montar o grupo e o por que do vosso nome.

A razão principal para montar o grupo foi a de divertir-nos/divertí-nos sem maior pretensão, realmente também não tínhamos uma ideia preconcebida de como queríamos soar, quando começamos a ensaiar, ensaiávamos nos típicos locais por horas e pouco a pouco a coisa foi tomando forma até que começamos a consolidar os nossos primeiros temas e a forma de fazer as coisas e daí pretensões tínhamos com isto, suponho que é raro pensar em isso com a perspetiva que dá o tempo, mas realmente não acho que tivéssemos uma meta a seguir ou coisas pelo estilo, se não mas bem o passar bem nós e o passar bem com os nossos amigos nos concertos. O nome vem de um tema de cock sparrer como é óbvio e aparte de que gostamos como de conceito um ejercito secreto agazapado nas sombras esperando para atacar... Bem como um ejercito cidadão secreto ou algo.


  • Influenciou-vos algum grupo ou preferiram seguir um caminho próprio?

Vá, acho que estas duas afirmações são complementares, para encontrar um caminho próprio tens de conhecer muitos caminhos, a música não é algo que surge da nada assim sem mais, se não mas bem uma série de capas que vais acrescentando a uma base pelo menos é a minha forma do ver, não acho que ninguém se levante em um dia e diga, -Tenho vou inventar este ou esse som! Se não que mas bem é algo progressivo, de facto somos gente muito aberta à hora de escutar todo o tipo de estilos de música,suponho que na nossa imaginería musical pessoal confluem estilos muito diferentes, mas em Secret Army basicamente se podem encontrar alguns ramalazos de reggae/soul e algo de folk, embora por outro lado fazemos punk rock, também não inventámos a cocacola!


  • Sabemos que o vosso cantor alterna o reggae rock steady e o punk rock. Algum mais da formação combina estilos ou participa em outros grupos do mesmo estilo?

Por enquanto não, embora todos no grupo temos todo o tipo de aficiones embora não só seja a música... Iñaki vem também do reggae e Willy tocou em todo o tipo de grupos inclusive até em um de soul, embora Secret Army é a nossa prioridade.



  • Na canção "Misty days" nomeiam a nossa terra, que relacionamento vos une a ela ?

Oh não nos une nenhum relacionamento aparte de que temos grandes amigos ali e que sempre que vamos o passamos realmente bem. Esta canção também não vai da Galiza em si, senão mas bem do fenómeno da emigración. No sigo XIX teve um montão de galegos que emigraram sobretudo a Argentina e a outros países de Sudamerica como Chile ou Venezuela, nos apetecia falar de tudo isto, já que sempre se escreveram muitas canções mas desde um ponto de vista mais norte-americano, mais sobre italianos ou Irlandeses, mas é verdadeiro que há muitas histórias interessantes sobre espanhóis que se foram procurar se a vida, a trabalhar em minería, à aventura... Era uma geração desencantada, um pouco como os jovens atualmente que vêem o facto de se ir como uma saída à sua má situação e sobretudo à falta de possibilidades e um futuro... A gente sempre quer prosperar, já sejas africano europeu, chinês ou de onde seja, todo mundo procura sempre um futuro melhor.


  • Falando das vossas canções, com qual vos sentem mais identificados ou qual gostais de tocar mais.

Pois agora mesmo temos umas vontades tremendas de que saia o nosso último disco e de apresentar esses temas adiante da gente, a ver como reagem! Identificados sentimo-nos um pouco com todas, mas há algumas que comentam coisas em planos mas pessoais com as que quiçá individualmente algum se possa identificar mais, embora claro sendo três no grupo a cada um terá as suas favoritas.


  • Que opinião vos merece a cena catalã e galega, e se é possível mencionem grupos que as representem ao vosso entender.

Sinceramente não cremos em coisas como "a cena" bem como em algo hermético ao mesmo tempo colectivizado dentro do punk hc ou o que seja, achamos que tudo se trata de permanecer original e ser fiel aos teus colegas, mas sobretudo ter um pensamento independente e não ter porque seguir nenhum tipo de corrente ou cliché, assim dito mas claro, pode ser que tenha grupos que representem a cena catalã ou galega, que à minha não me representem uma merda. de modo que prefiro dizer-te grupos que me molan ou de colegas como Skarmento, novidades carminha, sem resposta ou última sacudida, de Cataluña estão Von danikens, Hzero, Crim, the bite ou gundown.


  • De todos os grupos com os que compartilharam palco com cuales vos levaram melhor sabor de boca e por que?

tivemos a sorte de tocar com muitos grupos, inclusive grupos bastante míticos suponho que quando tocámos com cock sparrer ou The adicts a sido dessas vezes que teloneas a grupos que nunca te tivesses imaginado e te faz ilusão claro..


  • Com motivo da crise acham que isto mermará o número de concertos que se fazem em general e a assistência aos mesmos ou fará com que o DIY repunte e saiam muitas mais oportunidades a nível alternativo à margem dos grandes circuitos comerciais?

Uff não tenho nem ideia, acho que os grandes circuitos comerciais já não funcionam bem e em parte a indústria discográfica tradicional está mas morta que viva, não porque tenha crise, senão porque o jogo da música mudou totalmente, há muitos grupos que se auto editam ou pequenas discográficas, e ao mesmo tempo tudo está disponível em internet, se diversificou e isso é bom para as bandas e para os fãs desta música, o tema concertos depende dos grupos... Só tens que sair aí e o dar tudo, a cada vez o público é mais exigente e a gente controla mais de música, porque têm acesso a tudo... Quando era um adolescente, te compravas um disco e o escutavas durante semanas, agora suponho que os meninos podem se baixar música nova a cada semana e se o grupo não lhes mola não irão ao concerto, é assim de simples.


  • Falando da crise, com a atual convulsão social e os movimentos de indignação pensam que isto dará local a um novo renacer do punk e as suas variantes ou quiçá nascerá um novo estilo musical que dê saída aos sentimentos e frustraciones da nossa juventude ou ao invés ficará em nada?

Não tenho nem ideia do que passará... É impossível vaticinarlo, é evidente que as coisas estão mau. Mas o punk é algo minoritário, também não acho que a estas alturas um estilo de música mude nada, é a gente a que tem de mudar as coisas, deixar de um lado a apatía, se mover, tomar a iniciativa, organizar o ódio, mudar as coisas. A maioria de gente dentro do punk, está em uma espécie de guetto que também não vai a trascender ao resto da sociedade no sócio económico ou o que seja, o facto de que tenhas uma opinião não te converte em um político, aliás o que mola do punk e da música em general é que podes expressar a tua opinião ou sentimentos sem ter que comulgar com algo ou adscibirte a uma doutrina, tu podes ser o teu puto próprio ideólogo e a tua personalidade e inquietudes a tua ideologia.


  • Segundo a vossa experiência, agradece-se tocar fora dos pirineos para despejarse um pouco e deixar atrás o ambiente viciado que há na cena estatal?

Oh se por suposto, de facto a cada vez saímos mas com frequência a tocar fora de Espanha, de facto, quase sempre que saímos de Barna e arredores ultimamente é para ir-nos/í-nos ao estrangeiro! Mas estamos a desejar voltar a sítios como País Basco, Andaluzia ou Galiza... Para quando saquemos o disco queremos fazer concertos por diferentes sítios do estado, aparte de uma gira que estamos a preparar que levar-nos-á por todo o centro europa e quiçá algum pais do este!


  • À hora de aceitar um concerto cuales são as principais razões que vos movem ao aceitar ou o recusar?

Principalmente que nos interesse a movida e que seja viável a nível de massa, embora também não pedimos muita massa por tocar.


  • Sabemos que a princípio do 2012 vão sacar novo disco, podem nos falar um pouco dele e do seu processo de criação?

É um disco que se chama crush the remains, suponho que é uma progressão lógica no som de secret army, os nossos amigos que o escutaram dizem que soa a "mas do mesmo" mas eu acho que os coros neste álbum estão mas currados, o gravámos onde sempre, em álamo estudos e que coño! Estamos muito contentes de como ficou e gostamos de muito!


  • No dia 17 de dezembro tocam no concerto que organiza a nossa crew em Ponte Vedra, que esperam desse evento?

Passá-lo bem e que a gente lho passe bem connosco, que seja uma boa noite!


  • Conhecem aos grupos SAMESUGAS e NOBODY`S FOOL com os que compartilharão cartaz em Ponte Vedra?

Se claro! a Alberte de samesugas conheço-o faz um montão... Costumava levar a Galiza a uma banda com a que tocava, estou a falar de mediados/ segunda metade dos 90 e bom levam já um tempo e nobody's fool, pese a ser uma banda nova conheço a algum dos elementos que a perpetram e seguro que molan!


  • Para acabar animem aos nossos leitores a acercar ao concerto.

Os secret army regalam heroina e joias!!

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